quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Hino da cidade do Natal RN


Letra e Música de

Waldson José Bastos Pinheiro


Hino da Cidade do Natal RN
I
Natal, Cidade Sol,
Tu representas tanto para mim!
No início, Forte dos Reis Magos,
Cidade Alta, Ribeira e Alecrim.
Daí, sempre a crescer -
Um cajueiro, galhos a estender,
Brotou nas Rocas, Quintas e Tirol,
Em Igapó, Redinha e Mirassol;
Chegou à Zona Norte,
Em Mãe Luíza se enraíza no farol.
O mar, enamorado,
Colar de praias te presenteou;
E o Potengi amado
Em teu regaço com o porvir sonhou.
Natal - provinciana -
A tua história nos contou Cascudo:
A luta com o batavo,
As procissões, o pastoril, o entrudo.
II
Natal, Cidade Sol,
Tu representas tanto para mim!
No início, Forte dos Reis Magos,
Cidade Alta, Ribeira e Alecrim.
Daí, sempre a crescer -
Um cajueiro, galhos a estender,
Brotou em Morro Branco e Bom Pastor,
Em Candelária, Felipe Camarão;
Do Morro do Careca
Em Ponta Negra, vem rolando até o chão.
O mar, enamorado,
Colar de praias te presenteou;
E o Potengi amado
Em teu regaço com o porvir sonhou.
Natal - espacial -
Ao céu foguete vai levar mensagem
De amor e de esperança
A quem fiel evoca a tua imagem.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Dona Militana





Dona Militana Salustino do Nascimento nasceu no sítio Oiteiros, na comunidade de Santo Antônio dos Barreiros, São Gonçalo RN em 19 de março de 1925, onde viveu até a sua moter. Ela gravou na memória os cantos executados pelo pai.  romances originários de uma cultura medieval e ibérica, que narram os feitos de bravos guerreiros e contam histórias de reis, princesas, duques e duquesas. Além de romances, Militana canta modinhas, coco, xácaras, moirão, toadas de boi, aboios e fandangos. Dona Militana faleceu no dia 19-6-2010, aos 85 anos.
Em vida nunca desfrutou de conforto mesmo com seu talento e também não recebeu atendimento adequado quando ficou doente e nem o reconhecimento merecido, quando a prefeitura de São Gonçalo do Amarante, veio lhe conceder uma aposentadoria, ela já se encontrava doente e faleceu pouco tempo depois.
Dona Militana como é conhecida,é considerada a principal guardiã do romanceiro Medieval Nordestino. Em 1998,participou em São Paulo do Espetáculo "Festejando Cascudo" em homenagem ao folclorista Câmara Cascudo promovido pelo Músico Antônio Nóbrega.
Participou também do vídeo "Câmara Cascudo, o provinciano incurável" exibido no ano seguinte na tv Cultura. Em 1999, participou do V Encontro de Cultura Popular, Segundo a pesquisadora Leide Câmara:" Dona Militana é considerada a mais importante romanceira do Brasil e conhecedora de algumas dezenas de peças raras dos romanceiros ibéricos e brasileiros".
“Lá nos Barreiros onde eu nasci,Em São Gonçalo onde eu me criei,Eu vou voltar pra meu sítio Oiteiro,Adeus Rio de Janeiro, adeus.”


(versos cantados por Dona Militana numa apresentação no Teatro João Caetano, Rio de Janeiro, durante participação especial no espetáculo "Lunário Perpétuo", ao lado do brincante pernambucano Antônio Nóbrega)

Romance de Rios Preto – Dona Militana
Rios Preto era um negro
Vivia no escravidão
Recebeu a liberdade
Deu logo pra valentão
Vivia da cartuchera
E do granadero facão

Eles deram numa casa
Dum pobre pai de familha
Certo é que nós levamos
Ou a mulher ou a filha

Eles derom numa casa
Duma pobre mulhé só
O home andava osente
Pra cima pra tá e có

Ele mais dois camarada
Conduzira a casa em pó
A mulé lhe ofereceu
O cavalo do cercado

Nós não qué o seu cavalo
Nós tomo tudo amuntado
Nós querem é a senhora
E dexe de palaviado

Meu marido anda osente
Pra cima por ta em co
E argum dia é de chegá
A cabeça pode ir
Mas o corpo é que não vai lá

Quando os home saíro
Aí o home chego
Mulé munto envergonhosa
Non lhe quis contá históra

Ai vizinha de mais perto
Contaro na mesma hora

Ele tinha dois cunhado
Lhe querium muito bem
Perparara as cartuchera
Sem dizê nada a ninguém
Aonde você morrê
Certo morremos também

Eles encontrar um velho
Que do nego deu nutiça
Saíro se penerando
Cum urubu pra carniça

Eles encontrar um velho
Segurando em uma vela
Rios Preto ta na rede
Brincando com uma bele
Subrinha do Padre Armanço
Que robô ela donzela

Os Oto ta no escuro
Rios Preto ta no claro
Levar uso peito in frente
Todos três lhe atirarum
E Rios Preto sartô
Eles pidir uma luz
Pa Rios Preto caçá

Pu Barroca e pu Baboca
Por ond ele havia stá
Minha gente eu vos peço
Num me acabem de matá
Me levem pa Esprito Santo
Qui eu quero me confessá

Os homes grande de lá
Vinheram logo encontrá
D’ alegria que tiveram
Sortaro fogos no ar

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A Poetisa Auta de Souza






Nasceu no dia 12 de setembro de 1876, na cidade de Macaíba-RN, filha de Eloy Castriciano de Souza e Henriqueta Leopoldina de Souza. Estudou em Recife,colaborou em Jornais e Revistas de Natal e da capital Pernambucana tendo com isso quebrado a hegemonia masculina dos círculos literários da época( compostos em sua maioria por figuras masculinas e críticos que ignoravam as escritoras mulheres).
No entanto , em 1899 e 1900,Auta de Souza chegou a assinar seus poemas com os pseudônimos de Hilário das Neves e Ida Salúcio, o mesmo que faziam alguns autores da época.
Em 1900, ela publica seu único livro O Horto, onde se encontra seus poemas,com prefácio de Olavo Bilac.
Poetisa desde os doze anos de idade,escrevia sobre tudo sobre o que se passava ao seu redor, deixou nos lindíssimas poesias carregadas de sentimentos diversos, desencarnou precocemente aos 24 anos de idade, sendo vitima de tuberculose, epidemia que assolava na época.
Por sugestão do então presidente da Academia Norte Rio Grandense de Letras,foi colocado em seu túmulo uma lápide contendo os versos do poema "Lembranças de Morrer" em 1951.

Natal, poema de Auta de Sousa

NATAL                                                               
É meia noite … O sino alvissareiro,
Lá da igrejinha branca pendurado,
Como num sonho místico e fagueiro,
Vem relembrar o tempo do passado.

Ó velho sino, ó bronze abençoado,
Na alegria e na mágoa companheiro!
Tu me recordas o sorrir primeiro
De menino Jesus imaculado.

E enquanto escuto a tua voz dolente,
Meu ser que geme dolorosamente
Da desventura, aos gélidos açoites …

Bebe em teus sons tanta alegria, tanta!
Sino que lembras uma noite santa,
Noite bendita mais que as outras noites!

Auta de Souza, deve ser considerada a poetisa norte rio grandense que mais ficou conhecida fora do seu  Estado  e sua  poesia apresenta  leves traços de romantismo e simbolismo.
Circulou nas rodas literárias do país despertando sempre muita emoção e interesse e foi incluída nas antologias e manuais de poesia das primeiras décadas.
Como a maioria dos escritos femininos, sua obra poética retrata em parte suas experiências vividas no seu cotidiano não comprometendo de forma alguma  o lirismo e o valor estético de seus versos.



domingo, 17 de fevereiro de 2013

FABIÃO DAS QUEIMADAS


Fabião das Queimadas

    Fabião Hermenegildo Ferreira da Rocha nasceu escravo, em 1850, na Fazenda Queimadas, do coronel José Ferreira da Rocha, no atual município de Lagoa de Velhos (RN). Começou a cantar durante os trabalhos na roça. Tornou-se tocador de rabeca, tendo adquirido seu instrumento aos 15 anos, com o apoio do dono, que permitia e incentivava que ele cantasse nas casas dos mais abastados da região e nas feiras. Conseguiu angariar algum dinheiro que, aos 28 anos, possibilitou comprar a sua alforria, a de sua mãe e de uma prima, que mais tarde construiu matrimônio . Era analfabeto, mas criava versos, como o "Romance do boi da mão de pau", com 48 estrofes. Suas composições apresentam traços dos romances herdados da idade média.
Em 1923, Fabião das Queimadas já era conhecido e respeitado no estado, onde no início do período republicano manteve ligações com políticos da terra, emprestando seus talentos ao criar versos que serviam, ora para enaltecer os amigos poderosos, ora para denegrir seus adversários. Já suas apresentações em Natal, aparentemente eram raras ou restritas a residências de particulares que gostavam da prosa sertaneja.
"A Republica", de 19 de dezembro, em novo texto assinado por "Jacinto da Purificação", trouxe uma extensa reportagem sobre o cantador, onde buscavam apresentá-lo a cidade; comentou como no passado Fabião havia conquistado sua liberdade, "que a fama de Fabião corria mundo", mas ressaltou "que o seu estrelato alcançava aquele mundo que não ultrapassava as fronteiras da nossa terra".
Em 1923, a expectativa de vida dos mais pobres no Brasil mal chegava aos 60 anos. Fabião, então, com sessenta e dois anos, era considerado com "ótima lucidez, perfeita memória e bom timbre de voz". Afirmou-se que era "verdadeiramente um desses milagres para os quais a ciência não encontra explicação". Informaram que "aquilo que Fabião chama de sua obra", certamente daria um volume com mais de 300 páginas. Algumas destas obras haviam sido criadas pelo cantador 55 anos antes, em 1868. Para recitá-los ou cantá-los, junto com sua inseparável rabeca, ele utilizava apenas sua privilegiada memória.
 o notável poeta pertenceu ao major José Ferreira da Rocha, nas Queimadas das férteis terras de Lagoa de Velhos. Fabião, começou a vida como agricultor e vaqueiro. Há uma grande suspeita de que o poeta é filho de José Ferreira com uma escrava. Porém, foi encontrado pelo pesquisador Hugo Tavares Dutra na Arquidiocese de Natal, a certidão de casamento de Fabião datada de 17 de novembro de 1881, na qual consta que este era filho de um escravo chamado Vicente. Mesmo assim, a possibilidade do poeta ser filho de José Ferreira não está descartada.
Com dez anos o poeta já cantava. Aos dezoito anos de idade, o poeta não se conteve e com algumas economias que fez no trabalho da agricultura, juntando dinheiro vendendo couro de animais, mel, legumes e frutas que plantava conseguiu comprou uma rabeca, pois essa rabeca passava a ser um instrumento não musical, mas com ela saiu cantando e tocando suas toadas e seus repentes pelas vaquejadas, pelas casas e povoados simples de sua região. 

Algumas poesias do poeta:

"Essa minha rabequinha
É meus pés e minhas mãos
É meu roçado meu mio
Minha pranta de feijão
Minha criação de gado
Minha safra de algodão."


 "Quando forrei minha mãe
A lua saiu mais cedo
Pra clarear o caminho
De quem deixava o degredo"


"Numa chuva com relâmpago,
Não há trovão que não gema
Nosso patrão tá dizendo:
Adeus minhas encomendas".

"Gostei de correr o gado
Quando eu tinha boa esteira.
Novilha, boi, vaca e touro
Pra mim não tinham carreira".





sábado, 9 de fevereiro de 2013

Conto dedicado a minha Quelsinha

Querida mãe

        Hoje me peguei a lembrar com saudade dos velhos tempos, onde levávamos uma vida simples mais cheia de alegrias e amor. Minha memória fez uma longa viagem e em devaneios, fui juntando os retalhos da minha linda infância junto a você e aos meus queridos irmãos.
       Morávamos em um vilarejo de pescador, tranquilo e pouco habitado onde hoje aquela calmaria já não mais existe, pois se tornou um lugar bastante movimentado, por turistas e curiosos devido a tanta beleza que a envolve por todos os lados, você imaginou um dia que isso iria acontecer? Pois é, hoje nosso cantinho virou cartão postal e ganhou destaque como a mais bela praia da cidade do natal.
       Lembro ainda menina, da casinha humilde em que nos aconchegávamos junto a você para ouvir suas histórias, do terreiro em que brincamos e dançamos as cantigas de rodas e outras brincadeiras, lembro ainda do seu olhar perdido na incerteza, já que a vida não lhe foi fácil, moça ainda ficou com a responsabilidade de educar e prover o sustento para a vida de quatro crianças, pois o pai\companheiro tomou outro destino, muitas vezes escondia seu pranto em um triste sorriso, tinha seu orgulho e não queria causar preocupações aos seus familiares, passamos todos os momentos sempre juntos, tantos os tristes quanto os alegres, ali estava sendo criado forte laço que jamais irão se desfazer,laços de ternura,amor e dedicação,você sabia nos fazer feliz, lembro das tardes quando o sol já ia longe,íamos á praia,catávamos conchinha para enfeitar nosso lar,corríamos livres naquela imensidão de areia e pedras,subíamos as dunas e nadávamos no mar sempre juntos,de cima das dunas dava pra ver o outro lado ,uma cidade cheia de luzes ,eu olhava aquelas luzes e ficava a sonhar, pensava que era as estrelas do céu, e você dizia que era uma cidade ,um lugar diferente do nosso.
        Foi você que nos ensinou a amar, perdoar e respeitar as pessoas, foi você que mesmo sabendo tão pouco nos ensinou a ler e escrever, nos mostrou que com os livros e a leitura poderíamos ir a qualquer lugar que a nossa imaginação pudesse alcançar. De você, herdei o gosto pela leitura e o prazer que os romances e poesias me davam, pois me lembro de você sempre agarrado com um romance e passava horas lendo até esquecia o mundo ao seu redor, o que me despertou a curiosidade de saber o que eles continham e que te prendia tonto, então os pegava e ficava maravilhada à medida que lia as historias contida nas páginas.
        Guardo na memória essas doces lembranças que aqui vou juntando como se fosse uma colcha em retalhos, vou unindo os pedaços à medida que minha memória vá permitindo, pois já se passaram longos anos desde tempo de criança, onde tive uma infância feliz com você, meus irmãos, primos e amigos tão queridos, recordo com saudade das bonecas de trapos que você fazia e das brincadeiras ao final da tarde, das músicas que cantava, para esconder a tristeza que carregavas no seu coração.
          Lembro com saudade de minha avó Sarina,com seus longos cabelos pretos, que eu gostava de penteá los e trança-los e ela acabava cochilando e pedia para não parar, muito morena parecia uma índia, admirava sua beleza,sempre zelosa e muito carinhosa e o meu avô? Quando voltava com seu gado ,corríamos encantados com o barulho que os sininhos pendurados no pescoço do gado fazia,lembro-me das noites em que ele nos reunia no terreiro da casa, para ouvirmos os emboladores de coco que vinham nos alegrar, lembro também das festas religiosas que acontecia por lá, o pastoril e outras manifestações que agora não lembro mais o nome.
         Lembro-me com alegria da primeira vez que fui ao grupo escolar, toda uniformizada com camisa branca e saia plissada azul marinho, que você mandou fazer. Eu muito pequena e magrinha, me perdia no meio daquelas crianças, fazia com gosto todas as tarefas, há! Quanta saudade minha mãe, escrevo aqui as mais belas lembranças da infância feliz que tive ao seu lado e agradeço todos os dias ao criador por ainda poder dividir todos os momentos de minha vida contigo. Você mãe querida é a minha linda e doce poesia.
           No livro que você me deu de Cora Coralina, tem uma poesia que gosto muito e que me lembra seus ensinamentos.
              " Não sei se avida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas. Muitas vezes basta ser colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita,alegria que contagia, lágrima que corre,,olhar que acaricia, desejo que sacia e amor que promove. e isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido á vida, é o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar.Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina".(Cora Coralina).

Praia de Genipabú

Lagoa de Genipabú

                                                                           














Genipabu é famosa por sua beleza e exuberância naturais e pelos passeios de bugre e de dromedários pelas dunas, suas águas são mornas e convidativas ao banho de mar para toda a família.
Curiosidade sobre seu nome: A palavra "Genipabu" vem originalmente do indígena Jenipapo" fruto do jenipapeiro,arvore nativa das Américas do sul e central,é uma fruta aromática,ácida e de cor marrom, seu uso pode ser em compotas,doces,xaropes,bebida e licor; 
Quando o municipio foi criado seu nome foi registrado com a letra G no lugar do J,ficando então Genipabu, quando deveria ser Jenipabu.
As dunas  são móveis, com a ação do vento, que é muito intensa no Rn, leva a areia de um canto para outro,o que deixa a paisagem sempre diferente a cada visita.
Sua economia é baseada no Artesanato Local,a pesca e a exploração do Turismo, com seus passeios nas dunas e a culinária a base de frutos do mar .
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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013


BLOCO DOS CÃES
Praia da Redinha Natal-RN

O bloco dos cães vem de uma tradição de quase cinquenta anos, O Bloco surgiu nos anos 60 quando um grupo de amigos resolveu desfilar pela praia “fantasiado” com a lama do mangue e com adereços consagrados ao “cão” ( o diabo) no imaginário popular.Hoje “os cão” levam mais de dois mil componentes ao mangue, para enlameados desfilarem pelas ruas. Das profundezas do mangue, eis que surgem "Os Cães”. O ritual é o mesmo há 48 anos. Entrar no manguezal e, em questão de segundos, se transformarem na figura mais caricata e aterrorizante do carnaval da Praia da Redinha, levando alegria e irreverência pelas ruas da Praia da Redinha.
os Cão da Redinha continua sendo um bloco democrático de características próprias, sem cordas e sem dono, mantém um único objetivo que é o da diversão. Há alguns anos conta com a presença marcante do PAU E LATA fazendo a animação dos foliões durante as duas meladas no mangue da antiga caixa-d'água, hoje o trevo da ponte Nilton Navarro.




sábado, 2 de fevereiro de 2013

Curiosidade

Segurando Vela





   De simples necessidade, segurar velas acabou se transformando em uma atividade profissional de menor importância. Em alguns teatros e estabelecimentos noturnos, era comum observar a presença de garotos que eram pagos para manter as velas destes locais acesas. Entre os franceses, essa expressão estava relacionada com o curioso hábito dos nobres e burgueses de elegerem um criado para ficarem de costas, segurando uma vela ou candelabro, enquanto os patrões tinham suas relações sexuais.
   Ao longo do tempo o termo “segurar vela” ganhou diferentes definições, a mais recente é a utilizada para designar o papel de um amigo solteiro que acompanha um casal de namorados, esse fica ‘sobrando e/ou atrapalhando’ o clima romântico do casal.