Natal é um vale branco entre coqueiros:
Logo que desce a luz das alvoradas,
vão barra afora as velas das jangadas,
Cessam no rio as trovas dos barqueiros;
E a tarde, quando os rudes jangadeiros,
Voltam da pesca ás praias alongadas,
começa a sombra fresca das latadas
A palestra amorosa dos solteiros.
Quantas belezas mil Natal encerra!
Deu-lhe a natureza um mar esmeraldino,
Despiu-lhe o morro, aveludou-lhe a serra...
Terra de minha mãe, bendita sejas,
Orvalho do pranto cristalino
Da saudade das moças sertanejas.
Ferreira Itajubá
Nenhum comentário:
Postar um comentário